BRASÍLIA - LA BOUTIQUE PADARIA FRANCESA

Até que enfim a Asa Norte tem uma padaria "pra chamar de sua". Inaugurou há pouco de mais de três meses a La Boutique e fomos lá visita-la.

Acostumado com as boulangeries francesas esperava um pouco mais da decoração, que nos pareceu clean demais, apesar dos projetos de arquitetos por aqui residentes apostarem nesse tipo ... 

Nada contra, mas que o estilo vintage é mais charmoso e aconchegante, ah isso é!!!

Quem não gosta daquele pão quentinho das manhãs? Como bom carioca que sou, sempre tive o hábito de comer um pão na chapa com manteiga, acompanhado de um excelente café.

O costume de comer, produzir e vender pães em padarias é muito antigo e atualmente as padarias instalam wi-fi, incrementam a happy hour e buscam se tornar pontos de encontro para um bate papo à tarde.

Arqueólogos americanos descobriram, em 2002, resquícios de uma padaria rotulada como a mais antiga do mundo. Nela, os egípcios produziam o chamado “pão do sol”, ainda cultivado na região. Foram encontradas bandejas, uma espécie de forno e demais utensílios. Interessante como o povo egípcio tem grande participação na história das padarias. Pelo que se sabe, foram eles que cultivaram o levedo que fermenta a massa do pão e a faz crescer.

O segundo povo que muito influenciou na evolução, crescimento e dispersão das padarias foram os romanos que tinham conhecimento de cerca de 70 receitas de pão.

Foi no século II (140 a.C) que começou um protótipo do que seria uma padaria pública, já que antes, o pão era feito nas casas. A primeira escola a ensinar o ofício teve sua origem em Roma onde também foi criada uma associação de padarias e panificadores. Quem participava dela, era isento de alguns impostos e os padeiros detinham de grande status social. Foi nesta época também que houve a prática da política do “Pão e Circo”, tão em voga hoje em dia pelos governos.

Com a queda do Império Romano, por volta de 470 a.C, as padarias começaram a perder um pouco de status. Pulando para o Século XII, as padarias voltam a funcionar em cidades medievais, começando a se espalhar pelo mundo. Na mesma época, foi registrada na França, uma variedade de 20 pães, enquanto toda a Itália desenvolvia novas técnicas de panificação e melhorias nas padarias. Na Áustria, o rei Henrique II começou a estabelecer medidas, pesos e escalas para pão.

As padarias chegaram ao Brasil em 1835, quando estabeleceu-se o primeiro comércio de pães de trigo na então capital, o Rio de Janeiro. 

Em 1872, os primeiros fornos à gás começaram a aparecer na Inglaterra e alguns anos depois, em 1901, respectivamente o forno elétrico foi inventado. Esta prática de produção em escala industrial começou por volta de 1915.