BRASÍLIA - OSCAR

A única forma que tenho como protestar quanto aos péssimos serviços oferecidos pelos restaurantes de Brasília é não frequenta-los .... durante um mês não saí de casa, viajei ...

Ontem, atendendo ao chamado dos amigos gourmets LRM e OG, fomos jantar no Oscar crente que o meu 'protesto' teria um fim. Localizado no piso térreo do Brasília Palace Hotel é uma homenagem do arquiteto Washington Fiúza aos traços do mundialmente reconhecido Oscar Niemeyer. Apresenta ambientes clássicos e sóbrios fazendo jus às influências estilísticas da década de 60. Paredes pretas com teto branco, e os seus painéis com as cores das cenas de Brasília de autoria de Clauseen Bonifácio, ressaltam a transparência marcante do vidro no seu entorno. É uma obra de arte! Um lounge envolto por uma fina cortina preta abraça o piano num clima elegante e sedutor.

Os móveis de estilo retrô também são inspirados na década de 60 e são ternamente destacados pela iluminação amarelada, fornecida por lustres de diferentes estilos, o que torna o ambiente ainda mais agradável.

Já o hotel, projetado por Oscar Niemeyer e fundado em 1958 pelo Presidente Juscelino Kubitschek, tem uma bela  história de glamour e estilo que marcou a vida de Brasília nos anos 50 e 60, e hoje se tornou uma charmosa alternativa para hospedagem em Brasília.  O hotel presenteia seus hóspedes e visitantes com dois painéis do artista plástico Athos Bulcão que, em função da importância para a cultura nacional, foram tombados pelo patrimônio Histórico.  O Brasília Palace foi o primeiro empreendimento no Brasil a obter a classificação de hotel Histórico pelo novo Sistema Brasileiro de Classificação de meios de hospedagem do Ministério do Turismo.

Dito isso, passamos ao nosso jantar ...

Às 21:30 hs o restaurante apresentava 3/4 da sua lotação preenchida, o que já é um bom sinal! Das outras vezes que estivemos lá, nada além da metade e, enquanto esperávamos o doce casal gourmet, resolvemos pedir aperitivos. Pedi um 'dry martini' e DJ um martini doce (ninguém é perfeito!). E aí aconteceu a primeira surpresa da noite: o 'dry martini' veio quente, sem gim, e, pasmem, sem a azeitona. Simplesmente derramaram uma dose de 'dry' numa taça e me serviram. Todo o mundo sabe que é um coquetel feito com gim e vermute seco, na proporção de 10 para 1. Aí está a receita para o barman do Oscar: coloque o gim e o vermute em um copo misturador cheio de gelo, mexa bem e coe para o copo de coquetel gelado, acrescente uma, ou mais, azeitonas. Aprendeu?

O garçom, ao ser questionado sobre a falta da azeitona, se desculpou e disse: "as azeitonas acabaram ...". Ou seja, num hotel quatro estrelas, e tudo isso que foi acima, não tem uma azeitona para colocar no coquetel. Mas, em compensação, o martini da DJ veio com três cerejas ao marrasquino!!! Tenho que rir, ou ficar muito bravo!

Com a chegada dos amigos, entramos no eixo e contamos o ocorrido - simplesmente não acreditaram! Provocando o garçom, ele reafirmou o ocorrido... se eu soubesse, tinha levado a minha azeitona de casa!

Pedimos o serviço e o mesmo estava correto ... pão, manteiga, pastinha, e uma tapenade (que é feita com azeitonas).

As escolhas foram:

OG: Risotto mare e monti - risoto de funghi secchi e camarão

LRM: Spigola in crosta de azeitona preta servido com purê de mandioquinha

DJ: Gnocchi alla bolognese - ao ragù de carne'

Eu: Gamberi saltati - camarão salteado com alho no azeite extra virgem servido com batata ao forno e alecrim. Quatro camarões grandes com um perfeito ponto de cozimento, mas sem nenhum perfume de alho, e umas batatas escondidas no fundo do prato. Faço melhor!!!

Quando íamos escolher as sobremesas, o garçom (o mesmo) trouxe a conta pois a cozinha tinha fechado!!! Já passava das 23:00 hs e ... Aí fico me perguntando como um`restaurante de hotel com quatro estrelas, na capital do Brasil, fecha  a essa hora, num sábado????

Nunca mais!!!! Vou voltar para o meu boicote ...

SHTN Trecho, 01 Cj. 01