PORTUGAL - SETÚBAL E SESIMBRA - 14º DIA DE UMA VIAGEM

29/02/2012 20:45

Partindo de Évora em direção a Setúbal visitar duas adegas importantíssimas: José Maria da Fonseca e Quinta da Bacalhoa, com um almoço no meio, e chegada prevista em Lisboa no final da tarde!
A José Maria da Fonseca foi fundada em 1834, fruto de uma paixão partilhada de uma família que tem sabido preservar e projetar a memória e o prestígio de seu fundador, que é o próprio aí em baixo ....



A visita permite você saber um pouco mais da história da empresa familiar, conhecendo a Casa-Museu e seus recantos, as antigas adegas onde repousam os mais antigos Moscatéis de Setúbal, os vinhos Periquita, alguns dos quais autênticas relíquias com mais de 100 anos. Tudo isso conduzido pela Daniela, que igual a outra da Adega Cortes de Cima, está grávida também de um menino que nascerá em maio .... eu acabo sabendo tudo! Eu ia dizer que ele vai se chamar "Periquito" mas não é verdade!


É algo indescritível ... os armazéns com os tonéis de pinho brasileiro de mais de oitenta anos ....



 
Nesta cave a música gregoriana embalava o tom da visita ....


Tirei algumas fotos da casa e seus recantos escondidos para vocês terem uma noção do que é JMF.






Ao final, é claro, degustação de muiiiitos vinhos conduzidos pela Catarina Santa Marta e Mariana Sá Lima, com um queijinho Azeitão e o pão fabuloso de Portugal.





O meu agradecimento ao pessoal da JMF que nos atendeu muito bem ... tenho na minha memória o meu avô tomando um Moscatel da empresa.
Sempre atrasados, partimos para almoçar numa cidade próxima chamada Sesimbra - nada a ver com um nome parecido de uma entidade vinculada ao Sistema, ..... acho que é Indústria!
Só para montar o clima com a vista da praia em frente ao restaurante.


Voltando ao almoço ..... Ribamar é o nome dele! No cartão do restaurante está escrito: "Sesimbra, a 30 kms de Lisboa, é o local de encontro com o mar, as águas azuis de uma baía de sonho e o rendez-vous obrigatório com peixes e mariscos frescos, pescados o dia-a-dia".

E foram servidos dois pratinhos desses aí de baixo:


Acabou? Negativo!!!




E finalmente a sobremesa .....


Barriga cheia, direto para a Quinta da Bacalhoa, que fica pertinho da JMF. 



 





 
Considerada a mais bela quinta da primeira metade do século XV ainda existente em Portugal, a Quinta da Bacalhôa é uma antiga propriedade da Casa Real Portuguesa. Localizados em Azeitão, a Quinta e o famoso Palácio da Bacalhôa constituem um monumento artístico da maior relevância para o País.

No século XIV pertenceu, como quinta de recreio, a João, Infante de Portugal, filho do rei D. João I. Herdou-a sua filha Dona Brites, casada com o segundo Duque de Viseu e mãe do Rei D. D. Manuel I. Ainda hoje existem os edifícios, os muros com torreões de cúpulas aos gomos e também o grande tanque, beneficiações mandadas construir por Dona Brites.

Esta quinta viria a ser vendida em 1528 a D. Brás de Albuquerque, filho primogénito de D. Afonso de Albuquerque. O novo proprietário, além de ter enriquecido as construções com belos azulejos, mandou construir uma harmoniosa “casa de prazer”, junto ao lago, e dois robustos pavilhões, junto aos muros laterais. Nos finais do século XVI, esta quinta fazia parte do morgadio pertencente a D. Jerónimo Teles Barreto — descendente de Afonso de Albuquerque. Este morgadio — em que estava incluída a Quinta da Bacalhôa — viria a ser herdado por sua irmã, Dona Maria Mendonça de Albuquerque, casada com D. Jerónimo Manuel, conhecido pela alcunha de “Bacalhau”.

É muito provável que o nome “Bacalhôa”, pelo qual veio a ficar conhecida a antiga Quinta de Vila Fresca, em Azeitão, tenha tido origem no facto de a mulher de D. Jerónimo Manuel também ser designada da mesma forma sarcástica. Esta quinta ficou consagrada entre os tesouros artísticos de Portugal.

Em 1936, o Palácio da Bacalhôa foi comprado e restaurado por Orlena Scoville, de nacionalidade norte-americana, cujo neto encetou a missão de tornar a quinta num dos maiores produtores de vinho em Portugal, na década de 70 do século XX.

Actualmente a Quinta da Bacalhôa pertence à Fundação Berardo, liderada pela família Berardo, cujo patriarca é o Comendador José Berardo. 
Foi classificada pelo Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) como Monumento Nacional em 1996.

(O texto acima é do site - https://www.bacalhoa.pt -, mas as lindas fotos são minhas!!!!)
Fomos muito recebidos pela Carina Gomes (PR) e Rita Cabral (Enóloga) que nos deram todas as explicações necessárias com provas dos seus vinhos excelentes. Visita fantástica!
Enfim, chegamos a Lisboa e só faltam 3 dias para voltarmos dessa viagem que se tornará inesquecível para todos .....